Já na Antiguidade, Hesíodo e Aristóteles refletiram sobre o trabalho
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1 - Os Trabalhos e os Dias, de Hesíodo
Datado do século 6 a.C., o poema é um dos primeiros textos que falam de trabalho. Gabriel Cid de Garcia, professor da UFRJ e da UniRio, explica: "Ao descrever preceitos e condutas relativos ao ofício do agricultor, Hesíodo situa o trabalho como uma forma especial de escuta dessa realidade divina, em contraposição aos fenômenos naturais atribuídos aos deuses. O cultivo, a agricultura são tarefas que cabem aos mortais, permitindo a organização de seu mundo próprio. Uma passagem oportuna para nós: "Bom é pegar do que se tem. Para o ânimo é provação precisar do que não há", diz. (Iluminuras, 104 págs., R$ 42)
2 - Ética a Nicômaco, de Aristóteles
Formulada no século 4 a.C., é a principal obra do filósofo grego sobre a ética. "Ele expõe as virtudes práticas - justiça, generosidade, coragem - como um trabalho cotidiano que molda o caráter", diz o filósofo Luiz Felipe Pondé. (Atlas, 296 págs., R$ 43)
O filósofo italiano Domenico de Masi valoriza o tempo livre
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3 - Fausto, de Johann Wolfgang von Goethe
Mais uma indicação de Pondé: a obra-prima do romantismo alemão, que reconta, no século 19, a popular história do homem que vende a alma ao diabo. Mostra como "querer ser o máximo em tudo - saber tudo, ser totalmente competente em tudo - pode destruir a alma", sintetiza. (Editora 34, 2 vols., R$ 74 e R$ 98)
4 - Hannah Arendt & Karl Marx - O Mundo do Trabalho, de Eugenia Sales Wagner
Indicação mais "acadêmica" de Lyra, mas que dá uma mão na compreensão da complexidade do mundo do trabalho. A economista e filósofa brasileira fala sobre ele a partir de Hannah Arendt e Karl Marx. Arendt, mulher, judia fugida da Alemanha nazista, fez em seu livro Condição Humana uma releitura da noção de trabalho, dividindo-o em três dimensões: o labor (trabalho que é imediatamente necessário à sobrevivência), a fabricação (ou propriamente trabalho, que produz bens duráveis em maior ou menor grau) e a ação (que diz respeito à condição humana da pluralidade e ao nosso agir político). (Ateliê, 206 págs., R$ 39)
5 - O Ócio Criativo, de Domenico de Masi
Um clássico da crítica à idolatria do trabalho e à competitividade. "É uma entrevista, dividida em vários capítulos. O filósofo italiano, naturalmente, preza o tempo livre...", diz Edgar Lyra, professor de filosofia da PUC-Rio. "É um livro atualíssimo e fácil de ler. Trata das modificações mais recentes na ideia de `trabalho', isto é, daquelas que dizem respeito às novíssimas tecnologias", completa. (Sextante, 352 págs., R$ 29,90)
Mais uma indicação de Pondé: a obra-prima do romantismo alemão, que reconta, no século 19, a popular história do homem que vende a alma ao diabo. Mostra como "querer ser o máximo em tudo - saber tudo, ser totalmente competente em tudo - pode destruir a alma", sintetiza. (Editora 34, 2 vols., R$ 74 e R$ 98)
4 - Hannah Arendt & Karl Marx - O Mundo do Trabalho, de Eugenia Sales Wagner
Indicação mais "acadêmica" de Lyra, mas que dá uma mão na compreensão da complexidade do mundo do trabalho. A economista e filósofa brasileira fala sobre ele a partir de Hannah Arendt e Karl Marx. Arendt, mulher, judia fugida da Alemanha nazista, fez em seu livro Condição Humana uma releitura da noção de trabalho, dividindo-o em três dimensões: o labor (trabalho que é imediatamente necessário à sobrevivência), a fabricação (ou propriamente trabalho, que produz bens duráveis em maior ou menor grau) e a ação (que diz respeito à condição humana da pluralidade e ao nosso agir político). (Ateliê, 206 págs., R$ 39)
5 - O Ócio Criativo, de Domenico de Masi
Um clássico da crítica à idolatria do trabalho e à competitividade. "É uma entrevista, dividida em vários capítulos. O filósofo italiano, naturalmente, preza o tempo livre...", diz Edgar Lyra, professor de filosofia da PUC-Rio. "É um livro atualíssimo e fácil de ler. Trata das modificações mais recentes na ideia de `trabalho', isto é, daquelas que dizem respeito às novíssimas tecnologias", completa. (Sextante, 352 págs., R$ 29,90)
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